domingo, 10 de agosto de 2008

O d i a d o s pais

Odiados pais...
Como de Cartola
que não o viu mais;
logo foi embora.
Como de Kafka,
tipo castrador;
nem alma fica.
Fica trauma e dor.
Odiados pais;
pai de Mahler
como outros tais
batem na mulher.
Por causa do pai
sofreu Dostoievski
da culpa que não sai:
castigo sem crime.
E para Tennessee,
que pai o esperava?
O que não tem em si
nem carinho nem arte.
O pai de Winehouse,
mal ela nascera
arrumou companheira
e por fim outra casa.
Odiados pais...
Pais que nunca existiram,
cujos filhos vagueiam,
comuns e infames.
Lixeira das mazelas do mundo.

3 comentários:

Anônimo disse...

Mas Graças a Deus, O DIA DOS PAIS pôde ser comemorado para os nossos filhos que tem um Pai Maravilhoso.
Desejo que, p/ aqueles que: odiadospais ficaram vazios, possam "emprestar" pais de outros. Dá certo!
bj
Helena

Alice disse...

Como pai de Alice
que na vida só fez sandice
e recheou seus atos de muita burrice...

Graças eu dou por ter encontrado um PAI maior que ele.


bjus

Anônimo disse...

brigado helena,
agora entendi o trocadilho do título.

"crápulas não produzem só pústulas.
no grito infante não só o som berrante, faz vibrar a úvula.
mas o coração do Pai balança.
sempre a favor."

joão ali