Kaká x Kfouri, que coisa chata! É como dois times que jogam pra empatar. Só que neste caso os dois jogam pra ganhar. E pior, a torcida vibra. Em maior numero nas arquibancadas, de Bíblia, faixas e sentimento de liberdade nas mãos, estão os evangélicos – costumo dizer “evãgélicos”, mas nesse estádio entram também os “Evangélicos”. Em casa com o rádio ligado e jornal na mão estão os ateus, não tão eufóricos, mas encomodados.
Kaká x Kfkf é jogo/luta que, como na antiguidade, serviria para poupar os demais soldados da batalha e subjugar o povo do representante derrotado ao do vencedor.
Pena, mas aqui não é assim. Um acredita que não é por força nem por violência, mas pelo espírito do poder da palavra vitoriosa e indefectível. Outro acredita - quer dizer, não acredita – leciona a doutrina do poder de não acreditar. Parece besta, mas têm conseguido muitos fieis, não por valores que constroem, mas justamente por valores que os crentes pregam e se encarregam em demolir.
Pela tabela de classificação, os ateus são os adversários da vez dos evangélicos canarinhos. Com estes já cruzaram a Igreja Católica, os espíritas, o PT... Sei lá quem ganhou; só sei que os canários do reino que cantam em qualquer lugar, ainda estão no campeonato. E gostam tanto da disputa que, se já não houver adversários para se jogar contra, jogarão entre si: Evãgélicos x Evangélicos. Um time tira a camisa, quer dizer, o manto e jabulani pra frente! Jabulani não, que é nome afro-pagão e que significa “aquela que engana”. Bola pra frente (e pra trás) é melhor.
Não sou crente nem ateu. Sou creneu. Creio em tudo com uma insegurança danada e descreio de tudo com muita fé. Mas amo a vida e amo a morte, amo a ressurreição e amo a cruz.
Depois dessas divagações, que me é comum fazer esse tipo de cera, voltemos ao jogo Kaká x Kfkf. Seria engraçado, ou desgraçado ver, se ao término da grande partida fossem os dois para seus respectivos vestiários e percebessem que na verdade o túnel dos dois acaba no mesmo lugar e, pelados, tomariam banho juntos, compartilhando o mesmo sabonete...
Por enquanto fico por aqui, desabafando: Assistir esse jogo é um pé-no-saco; pé-no-sacro!
quinta-feira, 1 de julho de 2010
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