Assisti hoje Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo, dos diretores Marcelo Gomes (Cinema, Aspirinas e Urubus) e Karim Aïnouz (Madame Satã e O Céu de Suely).
Fui levado pela boa impressão dos trabalhos anteriores e não me arrependi. Só me incomodei. Viajo Porque Preciso... É um filme recomendado a todo hurbanoide. É um filme feio, porém, imperdível. Incomodante.
É a visão de um geólogo que viaja pelo sertão nordestino a fim de mapear o percurso de um canal para a transposição do Rio das Almas, único rio caudaloso da região. A crise do personagem é uma solidão tumultuada pela figura inesquecível da mulher amada, com outras que nem podem ser coadjuvantes dadas à desgraceira da realidade de seu mundo esquecido.
Não se sabe aonde começa a fotografia e o filme. As imagens são fotos vivas enquadradas na janela da caminhonete. As pessoas são quase um cenário tamanho é a coragem de encararem a câmera por infinitos períodos, - coisa que até ator tem dificuldade – o que acaba por nos incomodar. Dá vontade ao espectador de responder, mas não se pode e nem sabe o que.
Num tempo em que só se fala em imagens tridimensionais, o filme de Marcelo e Karim nos força a ver, em alguns instantes, imagens em 3D, mas sem os óculos.
Num tempo em que todo esse circo do cinema quer que entremos no filme e façamos parte da fantasia, Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo, viaja em caminho oposto e faz-nos sentir em uma única dimensão: a dos que não conseguem e nunca vão conseguir, penetrar em algumas realidades deste País e de sua gente.
Fui levado pela boa impressão dos trabalhos anteriores e não me arrependi. Só me incomodei. Viajo Porque Preciso... É um filme recomendado a todo hurbanoide. É um filme feio, porém, imperdível. Incomodante.
É a visão de um geólogo que viaja pelo sertão nordestino a fim de mapear o percurso de um canal para a transposição do Rio das Almas, único rio caudaloso da região. A crise do personagem é uma solidão tumultuada pela figura inesquecível da mulher amada, com outras que nem podem ser coadjuvantes dadas à desgraceira da realidade de seu mundo esquecido.
Não se sabe aonde começa a fotografia e o filme. As imagens são fotos vivas enquadradas na janela da caminhonete. As pessoas são quase um cenário tamanho é a coragem de encararem a câmera por infinitos períodos, - coisa que até ator tem dificuldade – o que acaba por nos incomodar. Dá vontade ao espectador de responder, mas não se pode e nem sabe o que.
Num tempo em que só se fala em imagens tridimensionais, o filme de Marcelo e Karim nos força a ver, em alguns instantes, imagens em 3D, mas sem os óculos.
Num tempo em que todo esse circo do cinema quer que entremos no filme e façamos parte da fantasia, Viajo Porque Preciso, Volto Porque Te Amo, viaja em caminho oposto e faz-nos sentir em uma única dimensão: a dos que não conseguem e nunca vão conseguir, penetrar em algumas realidades deste País e de sua gente.
Um comentário:
Iiiihhh, cara! +1 pra lista!
Gracias pela dica!
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